O governo da Ucrânia vai oferecer aos credores bônus adicionais, a serem emitidos com base no desempenho econômico do país nos próximos anos, numa última tentativa de chegar a um acordo de reestruturação com os investidores, afirmou hoje uma fonte com conhecimento do assunto.

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Se os credores recusarem um “haircut” (redução) proposto por Kiev no valor dos papéis ucranianos que possuem, a Ucrânia poderá decretar moratória sobre o pagamento da dívida, segundo a fonte. O governo ucraniano tem buscado um corte de 40% no valor de face dos bônus.

As negociações entre Kiev e um comitê composto por quatro investidores que possuem cerca de US$ 9 bilhões em dívida do país – incluindo Franklin Templeton, o maior credor – estão paralisadas desde que assessores financeiros e legais de ambos os lados se reuniram em Londres, no final de maio.

Em proposta apresentada em 9 de maio, os credores sugeriram evitar um eventual “haircut” com a extensão do vencimento dos bônus em até 10 anos e a redução dos pagamentos de juros, de acordo com fontes que acompanharam as negociações. Desde então, no entanto, as discussões praticamente não tiveram avanço.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI), que em março aprovou um pacote de resgate no valor de US$ 17,5 bilhões para a Ucrânia, a ser desembolsado ao longo dos próximos quatro anos, defende que Kiev feche um acordo com os credores ainda em junho, antes que o Fundo reveja o progresso do país para a liberação de nova ajuda financeira. Fonte: Dow Jones Newswires.