O banco suíço UBS AG, que está sendo investigado pelos Estados Unidos por sonegação fiscal, proibiu os gerentes que cuidam de clientes de outros países de viajar para o exterior. A porta-voz da instituição, Eveline Mueller, não respondeu se a restrição visava a proteger os gerentes do UBS das autoridades americanas. “A suspensão das viagens afetou os negócios internacionais do banco com todos os países”, despistou.
O UBS se envolveu em uma disputa com os Estados Unidos acerca de americanos ricos que possuem ações no banco. Mueller disse que o banco está avaliando as diretrizes e leis associadas aos negócios da área de gerenciamento de ativos estrangeiros. O UBS entregou às autoridades fiscais dos Estados Unidos detalhes das contas de 225 americanos suspeitos de sonegação, mas se recusa a identificar outras 50 mil contas de residentes solicitadas por Washington.
No ano passado, o ex-executivo do UBS, Martin Liechti, ficou detido por dois meses nos Estados Unidos para dar esclarecimentos à investigação de fraude tributária. Em janeiro, as autoridades americanas acusaram outro executivo do UBS, Raoul Weil, por ajudar a esconder US$ 20 bilhões em ativos do Internal Revenue Service por meio de contas secretas no exterior para milhares de clientes americanos ricos.
Em 2008, um ex-banqueiro do UBS, Bradley Birkenfeld, foi considerado culpado na cidade de Fort Lauderdale, na Flórida, por crimes de conspiração fraudulenta. Ele tem cooperado intensivamente com os investigadores do país.