O UBS está revisando suas metas semestrais e provavelmente irá apresentar novos números em novembro, disse o presidente da instituição, Kaspar Villiger, em uma entrevista.
O banco suíço não havia adaptado a meta semestral de receita antes da dedução de impostos, de US$ 17,9 bilhões, desde a apresentação feita ao final de 2009. Desde então, os reguladores locais e de outras regiões elevaram as exigências para capital de proteção e os mercados de capitais tiveram um fraco desempenho.
Villiger afirmou ao semanal Sonntagszeitung que “o executivo chefe Oswald Gruebel sempre disse que as metas eram calculadas na base das expectativas de mercado e ambiente regulatório em andamento no período”. “Enquanto isso, o ambiente de mercado teve deterioração e o regulatório mudou consideravelmente”, acrescentou.
Villiger deixou claro que o banco suíço planeja reduzir custos em face de piora dos prospectos de crescimento. Ele se recusou a discutir a performance no primeiro semestre, mas afirmou que, “como todos sabemos, os mercados foram difíceis no segundo trimestre, e a perspectiva de mercado é desafiadora”.
Em junho, o UBS disse que cortará 500 vagas em tecnologia da informação. O banco também planeja eliminar cerca de 250 postos em uma unidade especializada que atua próxima ao banco de investimento e estuda cortes na divisão de gestão de ativos, disseram pessoas familiarizadas com a questão para a DJ, na última semana.
A moeda apreciada também é um problema. O forte fraco suíço deprime a receita e os ativos sob administração e oferece um risco à carteira de crédito do banco. “Se o franco causar dano significativo para a economia, teremos de reduzir o valor dos empréstimos corporativos. Temos bilhões em financiamentos corporativos em nossa contabilidade”, afirmou.
Apesar disso, Villiger disse que a ideia de atrelar o franco ao euro, proposta recente de membros da Democracia Social no país, era sem sentido. “Isso não traria nada além de desvantagens. Se atrelarmos o franco ao euro agora, haveria uma taxa de câmbio muito desfavorável porque o valor do franco estaria muito elevado no longo prazo”. As informações são da Dow Jones.
