UBS aposta agora em fraco desempenho da economia brasileira

O UBS revisou para baixo suas projeções para o desempenho da economia brasileira tanto em 2015 quanto em 2016. Para o PIB deste ano, o banco suíço espera agora uma queda de 0,5%, ante previsão anterior de alta de 0,6%. Já para o PIB de 2016, a instituição projeta avanço de 1,3%, menor do que o crescimento de 1,8% previsto anteriormente. O banco pondera que as projeções não levam em conta um racionamento de energia. Num cenário alternativo, um eventual racionamento da ordem de 10% poderia levar o PIB a um recuo de 1,5% em 2015 e a inflação, a subir acima de 8%, de acordo com os modelos do banco.

O corte de projeção feito pelo UBS faz parte de uma revisão feita pela instituição para várias economias da América Latina, consequência de uma “combinação” de preços mais baixos do petróleo e das commodities, austeridade fiscal e aperto monetário. Na avaliação do banco, esses fatores podem levar a região “à beira da recessão”, o que vai piorar o crescimento do PIB global. Com disso, o UBS também revisou para baixo as projeções para crescimento da região, para 0,2% em 2015 (ante previsão anterior de 1,4%) e para 2,3% em 2016 (ante projeção de 2,8%).

No caso do Brasil, o UBS afirma que os ajustes promovidos pelos novos ministros sugerem uma mudança na política econômica, mas a instituição acredita ser “prematuro” concluir que estas mudanças vão trazer uma recuperação mais rápida. “Apesar do fraco crescimento, prevemos que o IPCA deve fechar 2015 em 7,1% (de previsão anterior de 6,8%), caindo para 5,2% em 2016 (de 5,8% anteriormente), o que deve levar o Banco Central a cortar a taxa de juros logo em meados de 2016”, diz. O UBS espera que o dólar encerre 2015 cotado a R$ 2,75, subindo para R$ 2,90 em 2016.

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