O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta quarta-feira que os Correios devem dar um reajuste salarial de 3% para os trabalhadores.
Em nota, a empresa afirmou que vai cumprir “integralmente a decisão”, mas alertou para a “delicada situação financeira da empresa”, que já acumula um prejuízo de aproximadamente R$ 3 bilhões. As despesas com pessoal equivalem a 62% dos gastos da estatal.
Durante o julgamento do dissídio da categoria, o TST decidiu também pela exclusão de pais e mães do plano de saúde da empresa, com exceção dos que estiverem em tratamento. Segundo os Correios, a manutenção de pais e mães no plano de saúde da empresa custaria cerca de R$ 500 milhões por ano.
O TST também decidiu que as outras cláusulas econômicas e sociais do atual acordo de trabalho da categoria devem ser mantidas pela empresa por dois anos.
O tribunal determinou ainda que os dias parados serão descontados no salário dos trabalhadores. Os dias serão descontados em três parcelas mensais sucessivas.
Os funcionários dos Correios começaram uma greve nacional no dia 11 de setembro. A paralisação terminou no dia 18 de setembro.
Sobre a possibilidade de compensação dos dias parados, o ministro afirmou que a jurisprudência libera a compensação em caso de greves longas e a dos trabalhadores dos Correios foi curta, durando, no máximo, sete dias.