Em um discurso com tom fortemente pessoal, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, disse ao Parlamento do país que negociou tão duro quanto podia com os credores internacionais e admitiu que seu governo cometeu erros nas negociações durante seus quase seis meses mandato.

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Falando em uma sessão parlamentar que vai discutir as propostas enviadas ontem aos credores internacionais, Tsipras descreveu os últimos meses como uma guerra em que “batalhas difíceis foram travadas e algumas perdidas”. “Agora eu tenho a sensação de que já chegamos ao limite. A partir daqui, há um campo minado”, afirmou.

Ele acrescentou que não tem o direito de esconder do povo grego que as medidas que a Grécia deve tomar estão longe de promessas pré-eleitorais do seu partido de esquerda. Mas ele insistiu que a última proposta contém medidas que ajudariam a economia e, se aprovada pelos credores da Grécia durante o final de semana, iria desbloquear uma linha de financiamento suficiente para o país a sair da sua crise prolongada.

A previsão é de que a sessão parlamentar dure até, pelo menos, às 3h da manhã (hora local, 21h de Brasília).

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As medidas que serão apreciadas pelos parlamentares gregos incluem aumentos de impostos e cortes de gastos muito semelhantes aos que os gregos rejeitaram em um referendo no domingo passado.

O plano tem como destaque as elevações de impostos e simplificações do sistema tributário, que deverão gerar receitas anuais equivalentes a 1% do PIB. Além disso, o sistema de pensões será reformado de modo a gerar uma redução de gastos públicos de 1% do PIB em 2016, de acordo com o Wall Street Journal.

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Além de ser votado no parlamento, o plano será discutido no sábado pelos ministros das Finanças da zona do euro (que formam o Eurogrupo) e no domingo pelos chefes de governo da União Europeia. Fonte: Associated Press.