O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou uma investida do setor de carvão para conseguir uma raramente utilizada norma emergencial para proteger usinas de energia movidas a carvão. A decisão foi contrária ao que um executivo do setor afirmou que o presidente havia prometido pessoalmente para ele.

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O Departamento de Energia disse que considera a emissão da ordem buscada por companhias para dar um alívio a usinas que segundo eles sofrem com muitas regulações ambientais e pelo estresse do mercado. Mas o Departamento de Energia decidiu por fim descartar a medida como desnecessária e a Casa Branca concordou, disse uma porta-voz.

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A decisão é um raro exemplo de divergências entre o setor carvoeiro e o presidente. Trump se comprometeu com a medida em conversas privadas com executivos da Murray Energy e da FirstEnergy Solutions, após eventos públicos em julho e no início de agosto, segundo cartas da Casa Branca à Murray Energy e a seu executivo-chefe, Robert Murray. Nas cartas, obtidas pela Associated Press, Murray diz que se não houver alguma ação isso pode levar à demissão de milhares de mineradores e colocar a pensão de milhares de outros em risco. Em uma das cartas, Murray disse que Trump concordou e disse ao secretário de Energia, Rick Perry, que tomasse a medida, diante do executivo.

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A Casa Branca não quis comentar as afirmações de Murray. Um porta-voz da Murray Energy também não quis comentar as cartas. Uma porta-voz do Departamento de Energia, Shaylyn Hynes, disse que a agência era simpática ao pedido do setor carvoeiro.

O setor carvoeiro queria que Trump invocasse uma pouco utilizada seção de uma lei federal que permitiria uma intervenção temporária do Departamento de Energia se houvesse ameaças à oferta de energia, como uma guerra ou um desastre natural. Fonte: Associated Press.