economia

Trump ofereceu à China benefício comercial em troca de ajuda com Coreia do Norte

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que ofereceu ao presidente da China, Xi Jinping, um acordo comercial mais favorável para Pequim, em troca de ajuda para confrontar a ameaça da Coreia do Norte. Em entrevista ao Wall Street Journal, Trump disse que aceitaria, por exemplo, um acordo comercial com os chineses que fizesse menos para lidar com os déficits comerciais americanos.

Trump relatou que, durante reunião na semana passada com Xi, disse que os EUA não pretendem deixar o déficit comercial atual ir adiante. “Mas você quer fazer um grande acordo [comercial]? Resolva o problema na Coreia do Norte”, disse Trump a Xi, segundo o relato do americano. De acordo com Trump, nesse caso valeria a pena ter um acordo comercial “não tão bom quanto eu normalmente seria capaz de obter”.

O presidente americano disse, em relação à Síria, que seu governo não exige a saída do presidente Bashar al-Assad do poder como parte de uma resolução pacífica do conflito. “Estamos insistindo nisso? Não. Mas eu realmente acho que isso acontecerá em algum momento”, comentou. Segundo Trump, é impossível imaginar uma Síria pacífica com Assad ainda no poder. “Eu penso que é difícil de imaginar. Eu não usaria a palavra impossível”, ponderou.

Trump disse que o uso de armas químicas geraria uma outra resposta militar da parte dele, além de não descartar tomar ações em resposta ao uso de bombas de barril no país. Mas Trump afirmou que não pretende intervir em profundidade no conflito sírio, dizendo que isso retiraria recursos da agenda doméstica, como a reconstrução da infraestrutura americana. “Nós temos outras batalhas que são mais importantes no que toca a nossa nação.”

Trump afirmou que os EUA ainda não determinaram se a Rússia sabia antecipadamente que o regime de Assad planejava lançar armas químicas que mataram pelo menos 85 pessoas na semana passada, com o uso de gás sarin segundo autoridades americanas. “Muitas pessoas concluiriam que sim porque eles estão lá”, disse ele sobre as forças militares russas.

O líder americano informou também que não pretende mudar a posição de impedir a entrada de refugiados sírios nos EUA e sugeriu que os países do Golfo Pérsico tratassem do tema, possivelmente construindo zonas seguras na própria Síria. “Nós temos tantos problemas que realmente não podemos tratar disso”, comentou ele sobre a possibilidade de levar refugiados aos EUA. “Quando eu olho para os Estados do Golfo, eles têm tremendas quantidades de dinheiro. Eles não estão colocando muito dinheiro”, avaliou. Fonte: Dow Jones Newswires.

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