O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, chegaram a um acordo nesta quarta-feira para evitar uma escalada nas disputas comerciais entre americanos e europeus. O principal anúncio feito por Trump foi o de que a UE concordou no trabalho conjunto para zerar tarifas, barreiras e subsídios a produtos, excluindo as de automóveis, enquanto estiverem negociando.

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“Entramos em uma nova fase nas nossas relações. Temos a maior relação comercial de todo o mundo, de US$ 1 trilhão em transações bilaterais, e estamos lutando em conjunto em diversas frentes”, disse o presidente americano no jardim da Casa Branca. Segundo Trump, Juncker também concordou em trabalhar em conjunto para reformar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e em comprar mais gás natural liquefeito (LNG) americano, no que Juncker comentou ser uma fortificação da cooperação em energia entre os dois lados. Também houve acordo para a compra de mais soja dos EUA “imediatamente” pela UE.

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Trump também destacou que os EUA e a UE concordaram em lançar “diálogos estreitos sobre normas” para facilitar o comércio e reduzir a burocracia aduaneira. De acordo com ele, um grupo de trabalho executivo será iniciado para a implementação de uma agenda conjunta. Além disso, o presidente americano ressaltou que os dois lados irão resolver as tarifas americanas sobre o aço e o alumínio europeus e as tarifas retaliatórias europeias sobre produtos americanos.

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Ao fazer um breve comentário após o encontro com Trump na Casa Branca, Juncker comentou que, enquanto americanos e europeus estiverem negociando, não haverá mais tarifas. Com isso, ao menos por enquanto, o Departamento do Comércio americano deve adiar a imposição de tarifas sobre automóveis europeus. No fim da manhã, o Washington Post informou que Trump considerava implementar tarifa de 25% sobre veículos importados, o que fez com que as ações de montadoras europeias fechassem em queda.

O acordo entre EUA e UE foi antecipado pela Dow Jones Newswires por meio de fonte europeia. Mais cedo, a agência noticiou que Trump conseguiu algumas concessões das autoridades europeias nas negociações comerciais e que a UE teria concordado em importar mais soja americana.