O pré-candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, rebateu as críticas sobre o que seria uma má interpretação de seus comentários sobre a dívida do governo norte-americano. Ele negou que tenha sugerido que o país dê calote em sua própria dívida.
“Antes de mais nada, os EUA jamais entrarão em default, uma vez que imprimem dinheiro”, disse em uma entrevista à rede de televisão CNN. “Certamente não estou falando sobre renegociar com os credores”, disse.
Na última sexta-feira, o New York Times examinou as declarações dadas por Trump, e sustentou que ele havia sugerido uma redução da dívida nacional “persuadindo credores a aceitar uma parcela menor do pagamento”.
“Eu iria pegar emprestado sabendo que, se a economia entrasse em colapso, você poderia fazer um acordo”, disse Trump na semana passada. “E se a economia estivesse em bom estado, ótimo. Neste caso, não temos como perder.”
Os comentários soaram o alarme de analistas, que interpretaram os comentários de Trump como uma indicação de que ele forçaria os detentores de Treasuries a aceitar menos do que o valor de mercado dos títulos. “A reação de todos foi uma mistura de horror e assombro”, afirmou o economista Paul Krugman em sua coluna no jornal.
“Tudo o que disse foi que, se os juros subirem, teremos a chance de recomprar os títulos”, disse Trump. Em linhas gerais, o preço dos bônus em circulação cai quando a taxa básica de juros sobe.
Os comentários de Trump ecoam as declarações feitas pelo ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Alan Greenspan, há poucos anos atrás. “Os Estados Unidos podem sempre pagar suas dívidas, porque nós podemos sempre imprimir dinheiro para fazê-lo. Logo, a probabilidade de um calote é nula”, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.