Em uma demonstração de que, neste momento, a Casa Branca está focada na aprovação de reformas econômicas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou um giro pelo país para defender as mudanças que seu governo deseja realizar no código tributário americano.

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Em um discurso em Springfield, no Missouri, o republicano afirmou que está lançando um plano para reduzir a carga tributária das empresas americanas, afirmando que a proposta deve acelerar o crescimento dos EUA. “Nos últimos anos, vimos nossa economia crescendo apenas 2%. Vamos mudar isso, meus colegas. Posso lhes garantir”, afirmou o republicano, citando os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados mais cedo. De acordo com o Departamento do Comércio, a economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 3% no segundo trimestre, acima do previsto por analistas. Para Trump, “nosso PIB pode ser muito maior do que 3%”.

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O cronograma estipulado pelo chefe de gabinete do governo, John Kelly, para a reforma tributária é apertado: o projeto completo será divulgado em setembro, para que a questão possa ser apreciada e votada em outubro pela Câmara dos Representantes e, em novembro, pelo Senado. Para que esse prazo seja cumprido, Trump pressionou o Congresso a apreciar a questão logo. “Não quero desejo que o Congresso me decepcione. Estamos contando com eles. Os EUA estão esperando por isso”, afirmou. Durante o discurso, ele ainda pediu que a senadora democrata Claire McCaskill, do Missouri, “faça isso por vocês. E se ela não fizer, vocês terão que votar em outra pessoa para esse cargo”.

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De acordo com Trump, o atual código tributário dos EUA “beneficia os ricos e não a classe média. Por isso, precisamos de um sistema tributário que seja simples, justo e fácil de entender”. Na avaliação do republicano, muitas regulações são desnecessárias “e irão embora rapidamente”, assim como acordos comerciais. Ele citou o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), ao afirmar que o México “não está feliz” com a renegociação do pacto, mas, “com sorte, poderemos renegociar”. No entanto, novamente, Trump ameaçou terminar com o acordo.

Outro indicador divulgado nesta quarta-feira, o número de postos criados no setor privado dos EUA em agosto foi de 237 mil, acima do previsto por analistas, de acordo com a Automatic Data Processing (ADP). “A base da nossa criação de empregos é reformar o código tributário”, afirmouo republicano. Além disso, ele voltou a comentar que gostaria de baixar os impostos corporativos da atual faixa de 35% para 15%, pedindo que os congressistas o ajudem a apoiar a reforma.