O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar a lei Dodd-Frank sobre o sistema financeiro durante a assinatura do decreto presidencial que impõe o corte de regulações federais.
“A Dodd-Frank é um desastre”, afirmou Trump em um evento com pequenos empresários. “Vamos fazer um grande número de alterações sobre a Dodd-Frank”.
Os comentários ecoam falas do presidente e de outros republicanos na semana passada, além de serem os mais fortes até o momento contra a regulação que surgiu com a crise financeira de 2008.
O impacto prático sobre o setor financeiro do decreto desta segunda-feira é incerto, uma vez que muitas agências que regulam Wall Street são independentes da Casa Branca. Segundo especialistas, os chefes desses órgãos podem escolher entre seguir ou não seguir as direções de Trump.
Isso acontece em alguns casos. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o Escritório de controle da Moeda e de Proteção Financeira do Consumidor, entre outros, afirmaram em memorando que irão obedecer a ordem que congela as contratações em nível federal, assinada na semana passada pelo republicano.
Algumas agências reguladoras, cujos postos de comando dependem da nomeação de Trump, são mais propensas a aceitar as regras, mas outras cujas nomeações foram feitas pelo presidente Barack Obama, entre elas o Fed, podem se mostrar menos inclinadas a fazê-lo. Fonte: Dow Jones Newswires.