As autoridades monetárias ao redor mundo devem continuar os esforços para conter a crise global, apesar dos sinais de que a recessão global está cedendo, disse hoje o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, durante o simpósio econômico anual de Jackson Hole, no estado de Wyoming (EUA).

continua após a publicidade

Em um discurso para autoridades financeiras internacionais, Trichet disse que os bancos centrais não devem ser complacentes. “Eles precisam fazer tudo que podem para evitar outra crise sustentar a recuperação”, disse.

“Esta é uma tarefa muita exigente, imediata da comunidade internacional”, disse Trichet. “E agora que estamos vendo alguns sinais que confirmam que a economia real está começando a sair do período de ‘queda livre’ – isso não significa de forma alguma que não temos uma estrada muito turbulenta pela frente -, o maior erro que podemos fazer será esquecer a importância e a urgência desta tarefa.”

Trichet também elogiou a política monetária na Europa, como sendo bem controlada diante dos choques financeiros. “O BCE adquiriu uma reputação por mover as taxas de juro de uma forma firme e persistente ao longo do tempo”, disse. “Esta foi uma escolha consciente.”

continua após a publicidade

Além disso, ele ponderou sobre a questão de se os bancos centrais devem responder as bolhas de preços de ativos. Trichet argumentou que existe valor nas políticas que identificam os desequilíbrios financeiros e avaliam o risco de qualquer erro na precificação do risco.

Esperar que uma bolha de ativos estoure e então afrouxar a política monetária cria uma questão de risco moral, disse Trichet. Ao mesmo tempo, o presidente do BCE argumentou que a atual crise teria sido pior se os bancos centrais não tivessem colaborado nos esforços para reduzir a turbulência. “Sem tal cooperação de confiança, os eventos globais teriam sido muito mais dramáticos”, disse. As informações são da Dow Jones.

continua após a publicidade