O Tribunal Constitucional da Alemanha, mais importante corte do país, decidiu nesta quarta-feira contra uma requisição que poderia ter interrompido o programa de compras de bônus do Banco Central Europeu (BCE). A decisão dá mais apoio aos dirigentes do BCE, no momento em que eles se preparam para estender as compras em 2018.

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O tribunal, sediado em Karlsruhe, decidiu que era “inadmissível” um pedido de suspensão temporária do programa, conhecido como relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), segundo comunicado desta quarta-feira. Esse pedido era separado de um processo mais amplo que questiona a legalidade do programa QE, que o tribunal alemão em agosto enviou ao principal tribunal da União Europeia, localizado em Luxemburgo. Os querelantes alemães reclamam que o BCE viola uma proibição ao financiamento direto aos governos por meio de suas compras de bônus.

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Os tribunais da Alemanha não podem interromper diretamente os programas de estímulo do BCE, mas sim impedir o envolvimento do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), que detém cerca de um quarto do capital acionário do BCE.

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Alguns alemães acusam o programa de subsidiar governos do sul da Europa em prejuízo de poupadores, pensionistas e pequenas empresas da Alemanha. Em agosto, juízes alemães disseram que não está claro se as compras de ativos são compatíveis com a proibição sobre o financiamento monetário.

O BCE já comprou mais de 2 trilhões de euros US$ 2,4 trilhões em bônus no âmbito do QE, apontado como responsável pela recuperação econômica robusta nos 19 países da zona do euro. Com a inflação ainda fraca, os dirigentes do banco central devem anunciar na próxima semana a extensão do programa, mas com compras feitas em um ritmo menor. Fonte: Dow Jones Newswires.