O superintendente executivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Hélio Mauro França, afirmou hoje (19) que os estudos realizados para a implementação do Trem de Alta Velocidade (TAV) comprovaram que o empreendimento tem sustentabilidade financeira e é economicamente viável, tornando desnecessário o aporte de mais recursos do governo além do estimado de R$ 34,6 bilhões. Desse total, 60% será financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“O projeto foi testado dentro das nossas metodologias de avaliação e mostra sustentabilidade, com os padrões de demanda que foram identificados, com os níveis de tarifa que foram adotados, então a simulação mostra que o empreendimento é viável economicamente, ele tem sustentabilidade financeira”, disse o superintendente após a abertura de audiência pública para debater o projeto.
“O governo não está comprando uma obra pública, contratando uma obra pública. O governo está contratando um serviço de transporte de passageiros em alta velocidade, no trecho determinado, Rio de Janeiro São Paulo e Campinas, para exploração por um período de até 40 anos. Para isso, o proponente deverá construir, oferecer a infraestrutura e os equipamentos”, acrescentou.
Hélio França ressaltou que os estudos indicam uma taxa interna de retorno para o acionista da ordem de 9,20%, o que torna o projeto atrativo para o investidor, que terá um período de 40 anos para explorar a concessão.
“A participação do governo no projeto, na ordem de ocupação de 10% do capital, torna a proposta atrativa para o investidor, que vai ter o governo como parceiro. O governo oferece um financiamento vantajoso, competitivo, com taxas competitivas, de forma a tornar o projeto atrativo do ponto de vista comercial”.
A previsão é de que o trem comece a operar em 2014, com capacidade de transportar 32,6 milhões de passageiros por ano. Essa capacidade deve subir para 46,1 milhões de passageiros em 2024.