Após o terceiro adiamento do leilão do trem-bala para ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, o governo espera abrir uma nova audiência pública até o começo de agosto para debater o novo formato da licitação, que será divida em duas etapas, uma para definir a tecnologia e a operação do Trem de Alta Velocidade (TAV), e outra para tratar das obras de infraestrutura.
Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU), que havia recomendado alterações no edital anterior de licitação, deve ser consultado ainda esta semana, afirmou o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo. “É obvio que vou conversar com TCU, mas não estou mudando os estudos, só a forma de licitar”, acrescentou.
Segundo ele, porém, a decisão de alterar o formato da licitação não foi tomada por causa dos pedidos de adiamento feitos pelo setor privado, mas sim pela dificuldade de entendimento entre as empresas internacionais detentoras de tecnologia e as empreiteiras nacionais para a formação dos consórcios. “Não tem nada a ver com os pedidos de adiamento, a mudança foi orientada pela busca de um ambiente competitivo”, concluiu.