Treinamento para ampliar distribuição de recursos

Este ano o governo federal já disponibilizou, no Paraná, R$ 20,4 milhões para o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Até o mês de novembro foram beneficiadas 514 famílias com créditos de até R$ 40 mil para a compra de terras. Para agilizar ainda mais o programa, os técnicos responsáveis pelo cadastramento dos agricultores participaram esta semana, em Curitiba, de um curso de reciclagem: o 2.º Fórum de Atualização dos Profissionais Credenciados ao PNCF.

Em 2005, 176 famílias foram beneficiadas e este ano o número subiu para 514. O supervisor do PNCF no Paraná, Marcos Andersen, acha que com muito esforço é possível que o número chegue a mil até o fim do ano. Para 2006, a previsão é mais otimista, 1.500 famílias devem ser beneficiadas.

Segundo Marcos o processo de liberação de recursos demora 120 dias e a participação dos técnicos é fundamental para agilizá-lo ainda mais ou não deixar que passe disso. São eles, por exemplo, que vão orientar os agricultores sobre a melhor atividade a ser implantada na área – muitas vezes os trabalhadores rurais escolhem uma que não é compatível com o tamanho da propriedade e nem com a região. No curso, os técnicos estão conhecendo as diversas possibilidades que podem ser praticadas, inclusive através de programas governamentais.

Para ter acesso ao crédito, os agricultores precisam comprovar renda familiar anual de até R$ 15 mil e o patrimônio não pode ser superior a R$ 30 mil. O primeiro passo é procurar o sindicato rural da região e lá os agricultores são orientados por um técnico ligado ao programa. Depois que o trabalhador rural define a área a ser comprada e a atividade econômica a ser implantada, o pedido vai para o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e em seguida para a unidade regional do programa. Por último, para o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar.

Para Marcos, o PNCF é um complemento à reforma agrária. ?É como se fosse um passo anterior. Evita que o homem saia do campo e vá para a cidade por falta de terra para plantar. Muitos jovens casam e abandonam a zona rural porque a propriedade do pai ficou pequena para toda a família?, comenta.

Os agricultores que conseguem o crédito têm até 17 anos para pagar, sendo dois de carência. Os juros são de 6,5% ao ano sendo que há desconto de 15% quando a parcelas anuais são quitadas em dia. 

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