A trégua judicial entre o governo do Paraná e as concessionárias de rodovias, que congelou mais de 140 ações entre as partes no início deste ano, chega ao fim no final de setembro, mas precisará ser prorrogada para consolidar os deveres de todos os envolvidos. Em jogo, estão questões cruciais como redução da tarifa de pedágio cobrada em alguns trechos, bem como as obras que deveriam ser feitas, como a duplicação de alguns trechos sob a tutela de concessionárias.
Apesar de haver necessidade de um prazo maior para o fechamento desse pacote de ações, tanto o governo quanto as concessionárias reconhecem que os 180 dias estipulados para trégua judicial foram e estão servindo para importantes avanços.
Prova disso foi a confirmação, realizada nesta segunda-feira (19), sobre a duplicação do trecho da BR-277 entre Medianeira e Matelândia, no oeste do Estado. E a obra ficará a cargo da concessionária Ecocataratas.
“O ideal é duplicar ao máximo as rodovias que cruzam o Estado”, explica o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. “As rodovias precisam de investimento e a retomada do diálogo entre governo e concessionárias também tem esse objetivo”, explica. “Pelo que estamos observando será inevitável ampliar o prazo para concluirmos esse acordo com as concessionárias”, acrescenta. “Aqui são rodovias estaduais e federais, o que significa que precisamos ainda nos aproximar do governo federal para firmar essas tratativas”.
Segundo a regional paranaense da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), a duplicação de trechos estratégicos é uma das partes mais adiantadas nas negociações entre governo e concessionárias. Sobre a redução das tarifas de pedágio, a ABCR explicou que deverá ser um dos últimos assuntos acordados, já que o novo valor só poderá ser calculado diante das responsabilidades que serão assumidas por cada uma das concessionárias que operam no Paraná.
