A inflação de 0,85% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na segunda quadrissemana deste mês (últimos 30 dias terminados em 15 de janeiro) foi a taxa mais elevada na capital paulista desde o final de junho de 2008, quando o indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) havia subido 0,96%. A informação consta da base de dados históricos da instituição que contém os resultados de inflação na cidade de São Paulo desde 1939. O grupo que teve maior responsabilidade pela alta recente foi o de Transportes, que subiu 2,32% na quadrissemana e respondeu sozinho por 0,37 ponto porcentual (43,55%) do resultado geral.
Mais uma vez, a alta do grupo refletiu especialmente o reajuste de 17,4% determinado pela Prefeitura de São Paulo para a tarifa de ônibus do município a partir de 4 de janeiro. Na segunda quadrissemana do mês, o item ônibus subiu 5,83% ante alta de 2,08% da primeira prévia de janeiro. Outro item que mereceu destaque foi o etanol combustível, que avançou 9,05% ante 6,34%. A gasolina, por sua vez, subiu 0,63% ante 0,37%.
Quanto à Alimentação, o grupo apresentou elevação de 1,26% na segunda quadrissemana ante variação positiva de 0,44% do primeiro levantamento do mês. A elevação respondeu por 0,28 ponto porcentual (33,54%) da taxa geral de inflação e teve como um dos principais motivos a aceleração nos preços do subgrupo produtos in natura, cuja alta passou de 2,06% para 3,48%.
O grupo Educação subiu 2,07% contra alta anterior de 0,79% e respondeu por 0,08 ponto porcentual (9,18%) de todo o IPC. Chamou a atenção no grupo a elevação do subgrupo cursos regulares, de 2,07% ante alta de 0,66% da primeira medição do mês.