O grupo Transportes, que avançou de uma taxa negativa de 0,24% em agosto para uma positiva de 0,09% em setembro, foi o que mais contribuiu para a alta do Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M), que passou de 0,09% para 0,27%, informou nesta sexta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A instituição destacou dentro do grupo o comportamento do item tarifa de ônibus urbano, cuja taxa passou de -0,80% para 0,32%.

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Outras cinco classes de despesas também registraram alta: Alimentação (de -0,03% para 0,14%), Habitação (de 0,29% para 0,44%), Vestuário (de -0,20% para 0,55%), Despesas Diversas (de 0,11% para 0,22%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 0,43%). Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para esses movimentos foram frutas (de -2,47% para 2,03%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,28% para 0,82%), roupas (de -0,57% para 0,53%), clínica veterinária (de 0,26% para 1,14%) e salão de beleza (de 0,09% para 0,66%), nesta ordem.

Os grupos que apresentaram decréscimo em suas taxas de variação foram Educação, Leitura e Recreação (de 0,34% para 0,24%) e Comunicação (de 0,11% para 0,09%), puxados por show musical (de 4,24% para -0,27%) e tarifa de telefone móvel (de 0,47% para -0,59%), respectivamente.

A lista de maiores influências positivas no IPC-M é composta por refeições em bares e restaurantes (de 0,55% para 0,95%), aluguel residencial (de 0,56% para 0,60%), plano e seguro de saúde (de 0,66% para 0,67%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,28% para 0,82%) e leite tipo longa vida (de 5,29% para 2,08%).

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Entre as maiores pressões negativas estão batata-inglesa (de -8,82% para -20,11%), feijão carioca (de -8,52% para -15,75%), tomate (de -17,67% para -11,56%), cenoura (de 6,20% para -14,85%) e cebola (de -31,34% para -11,57%).

Construção

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O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), também apurado para a composição do IGP-M, registrou variação de 0,43% em setembro, acima de agosto (0,31%). O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,91%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,63%.

Entre as maiores influências positivas aparecem vergalhões e arames de aço ao carbono (de 2,30% para 3,80%), elevador (de 0,25% para 1,59%), esquadrias de alumínio (de 0,91% para 2,52%), tubos e conexões de PVC (de 0,67% para 2,58%) e tubos e conexões de ferro e aço (de 0,48% para 1,81%). Dois itens constam na lista de maiores influências negativas: aluguel de máquinas e equipamentos (de 0,35% para -0,24%) e tijolo/telha cerâmica (de 1,01% para -0,02%).