O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio desacelerou na Grande Curitiba no mês de maio, caindo de 1,23% em abril, para 0,50%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo que mais impactou na redução do índice foi o de Transportes (-1,01%). Dentro dessa atividade, o transporte público (-1,25%), transporte próprio (-1,28%) e combustíveis (-0,53%) apresentaram quedas significativas.
A inflação nacional de maio medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,47%. Em abril, a inflação pelo IPCA havia sido de 0,77%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,71% no ano e de 6,55% nos 12 meses encerrados em maio, acima do centro da meta de inflação do governo para este ano, de 4,5%.
O IPCA engloba a variação de preços para famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas principais áreas urbanas do País. O indicador também é o índice oficial utilizado pelo Banco Central (BC) para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para 2011 foi estabelecido em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.
Impacto
Além da Grande Curitiba, os Transportes também foram determinantes para a redução na taxa de crescimento do IPCA no restante do País. Da alta de 1,57% em abril, o grupo passou para uma queda 0,24% em maio, em grande parte devido ao comportamento dos combustíveis, que, de uma variação de 6,53% em abril passaram a -0,35% em maio.
O litro do etanol teve queda de 11,34% em maio, enquanto havia subido 11,20% em abril, e, com isso, constituiu-se no principal impacto para baixo no índice do mês: -0,06 ponto percentual. O litro da gasolina, por sua vez, passou de 6,26% em abril para 0,85% em maio. As passagens aéreas (de -9,42% em abril para -11,57% em maio), os automóveis novos (de -0,28% em abril para -0,58% em maio) e os usados (de -0,53% em abril para -1,26% em maio) também contribuíram para o menor resultado do grupo no mês.
Outro grupo que apresentou variação negativa na capital paranaense foi Educação (-0,04%). Nas demais atividades, a Grande Curitiba registrou: Alimentação e Bebidas (1,48%), Habitação (0,52%), Artigos de Residência (0,92%), Vestuário (1,52%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,91%), Despesas Pessoais (0,73%) e Comunicação (0,42%).
No acumulado do ano, Curitiba lidera
Entretanto, apesar da queda significativa no IPCA da Grande Curitiba em maio, o índice acumulado no ano ainda é o maior entre todas as regiões pesquisadas, de 4,55%, bem acima do registrado na média nacional, de 3,71%. Em segundo lugar entre as regiões aparece Belo Horizonte, com 4%. Nos últimos 12 meses, a variação da inflação oficial na capital chega a 8,29%, também a mais alta do País. Na segunda posição está Goiânia, com 7,29%. A média do IPCA nacional ficou em 6,55%.
Outros dados
Além dos transportes, os grupos Vestuário (de 1,42% em abril para 1, 19% em maio) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,98% para 0,73%), apesar dos resultados relativamente altos, também mostraram desaceleração em maio.
Já os Alimentos apresentaram ligeira alta de abril para maio, passando de 0,58% para 0,63%, com destaque para o tomate (de -18,69% para 9,41%) e o leite pasteurizado (de 2,66% para 3,15%). Por outro lado, alguns produtos alimentícios tiveram queda de preço em maio, a exemplo do frango inteiro (de 0,03% em abril para -2,02% em maio); dos ovos (de 4,41% para -1,15%); do feijão preto (de 0,31% para -0,83%), entre outros.
Além de Alimentação e Bebidas, outros grupos mostraram aceleração na taxa de abril para maio. No grupo Habitação (de 0,77% em abril para 0,97% em maio), sobressaiu-se o aumento na taxa de água e esgoto (de 1,00% em abril para 2,32% em maio), em razão de reajustes nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Salvador, além de Goiânia. Destacou-se também o aluguel residencial, aumentando de 0,76% em abril para 0,95% em maio.
No grupo Despesas Pessoais (de 0,57% em abril para 0,72% em maio), a alta foi decorrente, principalmente, do aumento nos salários dos empregados domésticos, de 0,54% em abril para 1,14% em maio.
Regiões
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Belo Horizonte (0,70%), em virtude de reajustes na taxa de água e esgoto e nas tarifas da energia elétrica. O menor índice foi o de Brasília (0,02%), onde os combustíveis tiveram a expressiva queda, de 3,35% (gasolina, -2,23%, e etanol, -18,04%).
Confira variação do IPCA em todo o País em maio:
Belo Horizonte – 0,70%
Recife – 0,65%
Rio de Janeiro – 0,60%
Salvador – 0,60%
Goiânia – 0,56%
Belém – 0,55%
Curitiba – 0,50%
Porto Alegre – 0,50%
São Paulo – 0,33%
Fortaleza – 0,29%
Brasília – 0,02%
Brasil – 0,47%