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Agentes de segurança de transporte de valores – em greve desde a zero hora da última quinta-feira – passaram a madrugada e a manhã de ontem acampados em frente à empresa de transporte de valores TGV, no Parolin, em Curitiba. Os 120 funcionários da empresa foram os únicos a não aderir à paralisação e a intenção era não deixá-los entrar para trabalhar.

"Nem os funcionários de transporte de valores, nem os administrativos e os de manutenção estão querendo aderir à greve. Creio que seja por pressão interna (da TGV), pois se nosso movimento tiver resultado os benefícios serão para todos", afirmou o responsável pelo departamento de Transporte de Valores e Escolta Armada do Sindicato dos Vigilantes Patrimonial e de Transporte de Valores de Curitiba e Região Metropolitana, Arildo Fragoso.

Sem poder entrar na TGV, o gerente da empresa, que se identificou apenas como Nogueira, negou que os funcionários estivessem sofrendo pressões para não participar da paralisação. "Eles simplesmente entendem que este não é o momento adequado para se fazer uma greve", declarou. "A paralisação prejudica os bancos, seus clientes e a sociedade como um todo."

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A greve teve início porque os agentes de segurança se recusaram a aceitar um reajuste salarial de 6% através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A data-base da categoria é primeiro de fevereiro e os trabalhadores reivindicam, além de INPC integral, aumento de 4%, aditivo de risco de vida de 30% (hoje é 20%), fim da compensação de horas e vale-alimentação de R$ 12,00 (atualmente eles recebem R$ 10,00).

Na última quinta-feira, representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Paraná alegaram que as reivindicações da categoria eram incoerentes. A greve pode fazer com que falte dinheiro nos caixas eletrônicos do Estado, impedindo o saque por parte da população. Ontem de manhã, representantes dos sindicatos patronal e dos trabalhadores tiveram uma nova reunião na DRT (Delegacia Regional do Trabalho), na capital, mas não chegaram a um acordo. A paralisação deve continuar por tempo indeterminado.

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