Os dados de transporte aéreo global vieram fortes em agosto. A demanda (medida em número de passageiros por quilômetro voado, ou RPK) subiu 6,4% em relação a agosto de 2017, enquanto a oferta de assentos (assentos-quilômetros ofertados, ou ASK) aumentou 5,5%, de acordo com informações da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Com isso, a taxa de ocupação dos voos avançou 0,7 ponto porcentual, para 85,3% – patamar recorde para qualquer mês desde 1990, destaca a entidade.

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“A taxa de ocupação recorde revela que as companhias aéreas estão maximizando a eficiência de seus ativos em um momento de alta dos preços do combustível e de outros custos, o que tem limitado as oportunidades de estímulo via tarifas baixas”, afirma o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

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A demanda mundial por viagens aéreas internacionais aumentou 5,6% em agosto na comparação anual, após ter subido 5,5% em julho. A capacidade avançou 5,1%, de modo que a taxa de ocupação mostrou alta de 0,4 p.p., para 85,0%. Na abertura por regiões, todas apresentaram crescimento do tráfego, com destaque para a Ásia-Pacífico, onde o indicador avançou 7,5% no mês.

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Quanto à demanda por viagens domésticas, a Iata contabilizou aumento de 7,7% ao redor do mundo. Nesse recorte, a oferta cresceu 6,2%, fazendo com que a taxa de ocupação dos voos tenha subido 1,2 ponto porcentual, para 85,7%.

Carga

Ainda segundo dados da Iata, a demanda mundial por transporte aéreo de cargas (medida em toneladas-quilômetro, ou FTK, na sigla em inglês) aumentou 2,3% em agosto ante igual mês de 2017. O desempenho, praticamente igual ao verificado em julho, está abaixo do crescimento de 5,1% na média dos últimos cinco anos.

Já a oferta global por transporte aéreo de cargas (apurada em toneladas-quilômetro disponíveis, ou AFTK, na sigla em inglês) subiu 4,5% na base anual.

“O dinamismo da confiança do consumidor, a expansão do e-commerce internacional e a retomada da economia global estão por trás do crescimento da demanda. Mas há riscos. As encomendas estão enfraquecendo e o tempo de entrega está se alongando. E a indústria vive com o espectro das crescentes tensões comerciais. O foco inicial das tarifas não recaía sobre produtos transportados tipicamente pelo ar. Mas, com o crescimento da lista dos produtos tarifados, cresce também a vulnerabilidade da indústria de carga aérea”, aponta Juniac, em nota.