Transporte aéreo de carga cresce 4,7% em maio, diz Iata

O transporte aéreo de carga acelerou em maio, quando registrou um crescimento de 4,7% frente o verificado um ano antes, informou nesta quarta-feira, 02, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). A expansão é superior à observada em abril, quando ficou em 3,8%. No acumulado do ano, o aumento é de 4,4%.

“Depois de vários meses de oscilação nas condições de demanda, as perspectivas para carga aérea mundial parecem estar se estabilizando”, afirmou o diretor geral da Iata, Tony Tyler. Para a entidade, a aceleração do crescimento reflete a melhora das condições econômicas, com indicações de que o comércio mundial e a confiança empresarial estão evoluindo, depois de um primeiro trimestre fraco.

O volume de carga internacional, medido em tonelada-quilômetro transportado (FTK, na sigla em inglês), cresceu 5,1% em maio, enquanto o transporte de carga doméstica avançou 2,6%. Já a capacidade de transporte de carga, medida em tonelada-quilômetro disponível (AFTK, em inglês) aumentou 4,9% no mercado internacional e 1,7% nos mercados domésticos. Com isso, a taxa de utilização alcançou 48,5% e 31,1%, respectivamente.

Conforme destacou a Iata, os volumes de carga transportada cresceram em todas as regiões, mas com diferentes ritmos. A expansão mais expressiva foi das companhias do Oriente Médio, que reportaram alta de 9,3% em maio, por causa da evolução nos mercados desenvolvidos, combinada com o aumento das ligações com economias emergentes. Já as companhias africanas tiveram uma expansão de 7,2% e as latino-americanas, de 4,9%. As norte-americanas, por sua vez, tiveram um crescimento mais modesto, de apenas 2,4%.

Na nota, Tyler destaca que apesar da melhora das perspectivas para o transporte aéreo de carga, o setor ainda precisa restaurar a competitividade e aumentar sua participação no crescimento do comércio. Segundo ele, os concorrentes de carga aérea estão inovando de forma agressiva, reduzindo o tempo de entrega e melhorando a eficiência. “Há um enorme potencial na agenda de e-cargo para ajudar a reduzir os tempos médios de transporte em 48 horas a partir da média atual de 6,5 dias”, diz, avaliando, porém, que o sucesso depende de uma abordagem unida de toda a cadeia de valor.

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