Tradição de comer peixe se mantém

A tradição de não comer carne vermelha na Sexta-feira Santa parece ter sido mantida de forma bastante significativa em Curitiba. Ontem, a procura por pescado em peixarias e supermercados da cidade era grande. No Mercado Municipal, em alguns momentos da manhã, era até difícil se aproximar dos balcões de venda para conseguir escolher os produtos.

No estabelecimento do comerciante Paulo Mozer, o movimento de clientes estava 20% acima do esperado. Os produtos mais procurados eram peixes com preço médio de R$ 12,00 o quilo, como sardinha, cação e filé de pescada. ?Estou surpreso com o movimento desta sexta-feira, pois está sendo bem maior se comparado à Sexta-feira Santa do ano passado?, afirmou.

Visando somente a Semana Santa, o comerciante Sabro Mizuno abasteceu seus estoques  de pescado e contratou dois funcionários temporários só para atuar no período. Ontem, por volta das 9h30, grande parte dos produtos adquiridos já haviam sido vendidos. ?Na Semana Santa, registro as maiores vendas de todo o ano?.

Também estavam sendo bastante procurados os camarões que, dependendo da diversidade, podiam ser encontrados por preços que variavam, em média, de R$ 13,00 a R$ 30,00 o quilo. O alimento foi escolhido pelo auxiliar administrativo Edson Luiz Fielheiro. ?O preço do camarão está equivalente ao cobrado no ano passado. Desta forma, não vou deixar de comprar o produto, para que minha família possa manter a tradição de não comer carne vermelha na Sexta-feira Santa?, disse.

Bacalhau

A procura por bacalhau também era grande no Mercado Municipal. Para atrair os clientes, o vendedor Dilmar Sandro Alves até dava dicas de preparo e ensinava algumas receitas. ?A procura pelo produto tem sido grande desde o início desta semana. No estabelecimento em que trabalho, o movimento de clientes tem sido bem maior que o registrado no ano passado?.

O que não agradava muito os consumidores de bacalhau eram os preços, que variavam de R$ 40,00 a R$ 65,00 o quilo. Os números aborreceram o casal Osmar e Nadir Vendrameto, que estudava a possibilidade de, desta vez, deixar de lado os pratos à base do produto. ?Tá caríssimo! No ano passado, encontramos o quilo custando R$ 30,00. Acho que este ano vamos ter que optar por alguma coisa mais econômica?. 

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