A permissão para trabalhar em qualquer dia da semana, inclusive domingos e feriados, é o ponto que mais tem sugestões de mudanças à MP da Liberdade Econômica (881). Os deputados vão analisar agora à tarde os chamados destaques à matéria. Até agora, são 14 propostas de alterações.

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Algumas dessas sugestões ainda podem ser retiradas até o início da sessão. Na terça-feira, o texto-base da MP 881, que reduz burocracias e mexe em regras trabalhistas, foi aprovado pelos deputados por 345 votos a favor e 76 contrários.

Entre as sugestões, o PCdoB quer retirar a autorização para trabalho em qualquer dia da semana do projeto. Já uma emenda apresentada pelo PDT não exclui a previsão de trabalho aos domingos e feriados do texto, mas estipula que a autorização para isso precisa passar por convenção ou acordo coletivo de trabalho. “Fica autorizado o trabalho aos domingos e feriados, na forma definida em convenção ou acordo coletivo de trabalho”, sugere.

Pelo texto aprovado, é permitido o trabalho aos domingos e feriados, desde que o repouso semanal remunerado coincida com o domingo e ocorra pelo menos uma vez em quatro semanas. Além disso, domingos e feriados garantem remuneração em dobro, exceto se a empresa determinar outro dia de folga compensatória.

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Um dos destaques do PT também trata sobre a remuneração do trabalho aos domingos e feriados.

Há ainda emendas que buscam acrescentar pontos ao texto da MP que foram retirados durante a tramitação no Congresso. Sugerido pelo PTB, um destaque quer prever como direito do cidadão receber incentivos financeiros do poder público para desenvolvimento de produtos e de serviços caracterizados pela inovação tecnológica, por meio de linhas de crédito com condições diferenciadas para os pequenos e médios empreendedores. O pedido também trata da facilitação do acesso a essas linhas, seja por instituição pública seja privada.

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Uma emenda apresentada pelo DEM trata da possibilidade de extinção de crédito tributário da União em caso de “relevante interesse social, cultural ou ambiental”.

O Solidariedade quer acrescentar ao texto a vedação à cobrança, por parte dos cartórios, de taxas e emolumentos para a prestação e fornecimento de informações para a administração pública.