Trabalhadores perdem com acordos

São Paulo

– Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos mostra que a maioria dos acordos salariais de 2003 resultou em perdas para os trabalhadores. Dos 556 acordos e convenções coletivas de trabalho analisados, 57,7% ficaram abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), num total de 321. É a pior marca desde 1996. Antes de 2003, o pior ano havia sido 1999, quando apenas 49,7% das categorias tinham conseguido repor a inflação aos salários. No ano passado, o percentual de acordos com índices iguais ou superiores à inflação foi de 42,3%.

Entre os reajustes abaixo da inflação, 17% impuseram aos trabalhadores perdas acentuadas, com índices abaixo do INPC em mais de 5%. Segundo o Dieese, embora a amostra não seja estatística, os dados permitem afirmar que esta foi a tendência da negociação salarial no último ano. Ou seja, os trabalhadores na maioria das vezes em que foram para a mesa de negociação, voltaram de mãos abanando ou com resultados negativos.

O levantamento mostra que 22,7% dos acordos se limitaram a repor a inflação passada. Outros 19,6% permitiram ganho real aos salários, pois os índices de reajuste ficaram acima do INPC. Ou seja, uma em cada cinco negociações conquistou aumento real de salário. Mas o ganho não foi assim tão grande. Em 70% dos casos, foi de de até 1% acima da inflação.

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