Foto: Arquivo

Porto ficou vazio durante todo o dia de ontem.

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Trabalhadores portuários avulsos – entre arrumadores, estivadores, conferencistas, vigias e outros profissionais – realizaram ontem paralisação de 24 horas no Porto de Paranaguá.

A manifestação faz parte da mobilização nacional da categoria. A pauta de reivindicações, entregue ao ministro dos Portos, Pedro Brito, está relacionada principalmente a direitos trabalhistas.

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) informou, através da assessoria de imprensa, que não se manifestaria a respeito da mobilização.

?Não tem ninguém trabalhando aqui. Está tudo parado?, informou o presidente do Sindicato dos Arrumadores Avulsos do Porto de Paranaguá, Jeremias Thomas de Souza. Os trabalhadores – cerca de 4,5 mil, segundo Souza, de diferentes categorias – pararam ontem às 7h da manhã e só retornam hoje, também às 7h. O porto não divulgou os prejuízos acumulados nesse período.

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Entre as reivindicações dos portuários estão o cumprimento da Convenção 137 da OIT, que prevê a garantia de renda aos trabalhadores portuários avulsos ligados aos órgãos gestores de mão-de-obra. Os trabalhadores também querem concessão de aposentadoria especial aos portuários, prevista em lei.

?Os empresários e operadores passam por cima das leis. Queremos apenas o cumprimento?, enfatizou Souza. Uma nova plenária será realizada no Rio de Janeiro para avaliar a paralisação nacional e decidir os rumos da mobilização.

Petroleiros

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Outra categoria está mobilizada em nível nacional: a dos petroleiros. Trabalhadores de diversas unidades iniciaram à meia-noite de ontem a paralisação de 48 horas. No Paraná, como a greve não foi aprovada em assembléia, os trabalhadores começaram a ?operação-padrão?.

?É uma campanha em defesa da vida, pela redução do número de acidentes de trabalho e maior participação nos lucros e resultados?, explicou o presidente do Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina), Silvaney Bernardi.

Segundo ele, dez funcionários da Petrobras morreram em serviço este ano. Quanto à PLR, a reivindicação é que os atuais 13% dos dividendos dos acionistas destinados à PLR passem para 25%. ?Queremos também regras mais claras sobre a distribuição da PLR?, afirmou.

No Paraná, a operação-padrão deve seguir até o dia 24, Dia Nacional de Prevenção de Acidentes. Segundo o presidente do Sindipetro, a operação-padrão não deve afetar a produção das unidades do Paraná – Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, e Usina de Xisto, em São Mateus do Sul.

As duas unidades, além da Transpetro, empregam juntas cerca de 1,4 mil trabalhadores. ?Na prática, o número de serviços executados será reduzido. Uma semana não é suficiente para reduzir a produção?, disse.

Também no dia 24 de julho, a categoria deve se reunir em assembléia. Caso a negociação com a estatal não evolua, os petroleiros ameaçam deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 5 de agosto.