Pela segunda vez não houve acordo entre patrões e empregados do setor de asseio e conservação do Estado. Em reunião realizada hoje (13) com o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Seac), os representantes da Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Feaconspar) e Sindicatos dos Empregados (Siemacos) de Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Maringá, Francisco Beltrão, Cascavel e Foz do Iguaçu disseram não à proposta apresentada.
Os patrões oferecem 12,74% nos salários e 10% nos tíquetes. Os trabalhadores querem 15% geral para igualar ao índice conquistado em 2010 para este ano. “No ano passado a Convenção dos trabalhadores da limpeza do Paraná foi avaliada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) entre as melhores do País, temos que manter a valorização da mão de obra da limpeza no Paraná”, afirmou João Gerônimo Filho, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) Curitiba.
Outra queixa dos empregados é que muitas empresas do Paraná estão submetendo seus trabalhadores a condições insalubres em aterros sanitários e lixões e não estão pagando o adicional devido.
Os representantes dos empresários alegam não poder atender as reivindicações dos trabalhadores já que o empresariado tem suas próprias dificuldades financeiras com a demora do repasse do aumento da convenção pelos órgãos públicos, excesso de tributação de impostos direto na fonte e falta de qualificação dos profissionais.
Pela falta de entendimento entre as partes e pela recusa dos patrões em garantir a data-base em primeiro de janeiro, a Federação dos trabalhadores vai protocolar na próxima sexta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho, um protesto judicial pedindo a manutenção da data-base. “Vamos lutar por um acordo mais justo e não vamos abrir mão de que os trabalhadores tenham todos os seus direitos preservados a partir de primeiro de janeito” avisa Manassés Oliveira, presidente da Feaconspar.
A categoria tem cerca de 50 mil trabalhadores em todo o Estado.