Os trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte na Volta Grande do Xingu, em Altamira do Pará, decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira por tempo indeterrminado. Após duas rodadas de negociações as partes não entraram em acordo. O CCBM foi notificado oficialmente da greve nesta quinta-feira.

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O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapv) teria realizado durante a tarde da quarta-feira e manhã desta quinta assembleias nos canteiros Porto e Acessos, Canais e Diques, Pimental, Belo Monte e Infraestrutura. Em todas as assembleias a maioria dos trabalhadores decidiu não aceitar a contraproposta apresentada pelo CCBM e cruzar os braços por tempo indeterminado.

Dentro da pauta de reivindicações constam a redução da baixada (visita das famílias), de seis meses para três meses, a inclusão dos ajudantes de produção nessa baixada, que não possuem o benefício; aumento do valor do vale-alimentação de R$ 95 para R$ 300, melhoria nos transportes (troca de ônibus), revisão de salários (equiparação salarial) e cumprimento de cláusulas do acordo coletivo.

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Segundo os trabalhadores ouvidos via telefone, na última reunião, o CCBM teria sugerido manter os seis meses entre os recessos para os trabalhadores visitarem as famílias, não reduzindo o tempo de baixada. O aumento proposto para o vale-alimentação foi de R$ 90 para 110. Os trabalhadores pedem 300. A assessoria de imprensa do CCBM disse que “por enquanto, não haverá divulgação de nenhuma ação” com relação à greve e que no “momento se restringe a rotinas administrativas”.

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O consórcio disse ainda, por meio de sua assessoria, que reconhece como único e legítimo representante dos trabalhadores o Sintrapav-PA. Por esse motivo, todas as negociações são feitas exclusivamente por meio do sindicato. O diretor da sub-sede do Sintrapav-PA, em Belém, Luís Carlos Costa, disse que um diretor do Sindicato estaria na tarde desta quinta-feira nos canteiros tentando “negociar com as categorias”. Segundo ele, a entidade quer evitar a paralisação programada porque quer “resolver a situação no que eles estão reivindicando, com diálogo”.