Trabalhadores do Comperj ameaçam greve

Os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) decidiram iniciar paralisação por tempo indeterminado em favor de melhorias salariais, informou o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom). Eles rejeitaram por maioria absoluta a contraproposta patronal referente à data-base da categoria, que é 1º de fevereiro, aprovando a paralisação a ser iniciada 48 horas após a assembleia, realizada na manhã desta quarta-feira.

O Sinticom espera que nas próximas 48 horas os patrões apresentem uma nova proposta para que este impasse seja resolvido. No entanto, os sindicatos patronais consideram que a greve já foi iniciada, alegando que os funcionários já estão de braços cruzados.

O Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do RJ (Sindemon) e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), que representam as empresas prestadoras de serviços no Comperj, consideraram a greve dos trabalhadores abusiva. “No entanto, o Sindemon e o Sinicom foram surpreendidos com a greve durante esse período de negociação, além de não terem sido comunicados sobre a greve com a antecedência mínima de 48 horas, conforme prevê a legislação”, disseram, em nota.

Segundo os sindicatos patronais, os trabalhadores querem aumento salarial de 20%, reajuste de 33,33% para o vale alimentação (de R$ 300 para R$ 400), cesta natalina equivalente ao valor do vale alimentação. Eles também querem hora/prêmio assiduidade, que é a gratificação de duas horas por dia, totalizando 44 horas mês, para o trabalhador que não faltar o emprego. As empresas informam ainda que, em abril de 2012, os salários dos trabalhadores do Comperj foram reajustados em 10,5%. O Sindemon e o Sinicom dizem continuarem abertos a negociações.

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