Assim como no Paraná, entre 2008 e 2009 os rendimentos de trabalho no país tiveram aumento em todas as classes, principalmente na dos rendimentos mais baixos.

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“É uma consequência direta da política de reajuste no salário mínimo”, lembra o pesquisador do IBGE, William Kratochwill. Os trabalhadores domésticos, que em 2009 totalizaram 7,2 milhões em todo o país, evidenciam essa realidade, principalmente aqueles com carteira de trabalho assinada que tiveram um ganho percentual de 7,1% na remuneração média mensal do trabalho principal.

Já os empregados com carteira de trabalho assinada registraram na mesma situação um incremento real de 2,3% em relação a 2008. De modo geral, a redução na concentração dos rendimentos se refletiu na queda do índice de Gini, de 0,530, em 2008, para 0,524, em 2009.

“Estamos ano a ano reduzindo a desigualdade de rendimento, isso sinaliza uma melhora na distribuição de renda”, celebra o economista do IBGE. Comparando-se com países vizinhos como a Argentina e a Venezuela, que tiveram, em 2008, respectivamente 0,457 e 0,410, ou com nações desenvolvidas como a Suíça com 0,337, fica claro que o Brasil ainda tem um longo caminho pela frente nesse quesito.

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Previdência

A pesquisa também mostrou que quando o assunto é Previdência, os paranaenses ocupado se dividem. No grupo que apresenta um ou mais trabalhos e não faz distinção na hora de descontar o percentual para o INSS, estão 3,3 milhões de paranaenses.

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Já os que não participam totalizam 2,3 milhões de pessoas. A faixa etária que mais desconta para a Previdência Social é entre 30 e 39 anos, com 909 mil pessoas. Entre os que contribuem, 1,9 milhão são homens e 1,3 milhão mulheres.

Quando se fala em Previdência privada, porém, constata-se que os paranaenses ainda participam pouco: são apenas 263 mil contribuintes divididos (4,7% das pessoas ocupadas) entre 158 mil homens e 105 mil mulheres.

“Em termos percentuais é possível constatar que os homens se mostram mais precavidos do que as mulheres. No grupo com dois ou mais empregos, o percentual de homens que contribui para a previdência privada (13%) praticamente dobra em relação aos que têm apenas um trabalho (5,1%)”, compara Kratochwill.

Entretanto, de acordo com o pesquisador, entre as mulheres que têm apenas um emprego e aquelas com mais de um, o percentual passa de 4,3% para 7,2%. “É metade do percentual dos homens com mais de um trabalho”, conclui o economista.