Os trabalhadores da Eletrobras iniciaram nesta segunda-feira, 1, uma paralisação por tempo indeterminado. Eles pedem o pagamento de participações nos resultados, apesar do prejuízo registrado pela companhia de R$ 3 bilhões em 2014. Assim como os sindicatos de trabalhadores da Petrobras, as representações de trabalhadores do sistema elétrico argumentam que as metas operacionais foram alcançadas e, por isso, teriam direito ao pagamento.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sinergia/RJ) informa que na última semana houve reuniões entre o Conselho Nacional dos Eletricitários (CNE) e a diretoria da Eletrobras, mas a proposta apresentada “foi muito aquém” dos valores pagos em 2014. “Está mantida a paralisação por tempo indeterminado a partir do dia 1º de junho, com assembleia permanente diariamente na sede da Eletrobras”, diz o documento.
O comunicado ainda informa que uma nova reunião está prevista para a terça-feira, 2, em Brasília, com a direção da empresa e representantes das entidades sindicais. “O CNE tem convicção de que somente através do debate será possível chegar a uma solução de consenso, evitando o processo de judicialização da PLR”, encerra a nota.
De acordo com a Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), a paralisação não atinge os serviços essenciais da empresa, que mantém o abastecimento de energia elétrica no País. Não há, ainda, uma estimativa de adesão ao movimento. Procurada, a assessoria da Eletrobras confirmou a paralisação das atividades.