Trabalhadores da construção entram em greve na Bahia

Os trabalhadores da construção civil da Bahia iniciaram hoje greve por tempo indeterminado para tentar cobrar das empresas reajuste salarial de pelo menos 15%. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e da Madeira do Estado da Bahia (Sintracom-BA), a reivindicação inicial era de reajuste de 18,7% – a soma entre a inflação acumulada e o crescimento da indústria da construção no Estado no período -, mas o sindicato concordou em pedir 15% de aumento nos salários.

Os empregadores, por outro lado, acenaram com aumento que repõe o INPC do período, 6,46%, mas dizem aceitar a negociação de um índice de reajuste real. A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) da Bahia chegou a mediar reuniões entre os sindicatos e propôs reajuste de 10,7%, que foi negado pelas duas partes.

O Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA) ameaça não pagar os dias que os funcionários estiverem parados, sob a alegação de que as negociações não foram concluídas e que as paralisações dos cerca de 14 mil empregados do setor no Estado vão provocar grandes prejuízos.

Durante o dia, grupos de trabalhadores da construção civil de Salvador promoveram passeatas pelas principais vias da cidade. Na Avenida Paralela, a mais movimentada da capital baiana e principal eixo de desenvolvimento imobiliário de Salvador, 4 mil operários participaram de uma caminhada de protesto pela manhã, provocando grandes congestionamentos. À tarde, as manifestações concentraram-se no centro da cidade.

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