Depois de pouco mais de uma semana em greve, os cerca de 21 mil trabalhadores da construção civil de Curitiba e região metropolitana optaram ontem por voltar ao trabalho.

continua após a publicidade

A decisão foi tomada após uma assembleia envolvendo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon) – que representa os trabalhadores – e o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), responsável pelo lado patronal, em Curitiba.

De acordo com o presidente do Sintracon, Domingos Oliveira Davide, ficou acordado na assembleia que, a partir de agora, os trabalhadores do setor terão aumento de 8,5% para todos os salários (envolvendo as categoria de servente, pedreiro e mestre de obras), garantia de uma ajuda de custo mais cesta básica no valor de R$ 140 e ainda o abono dos dias em que os trabalhadores ficaram paralisados.

“O que conseguimos está na média do que estávamos reivindicando. Tínhamos noção de que dificilmente alcançaríamos aquilo que falávamos desde o início. E o que levou a categoria à greve foi justamente isso: conseguir melhorias, foi o que aconteceu. Avaliamos como positiva toda a paralisação”, afirma o presidente.

continua após a publicidade

No início da greve, a categoria reivindicava a reposição salarial de 14% – tendo recusado a oferta de 7% feita pelo lado patronal anteriormente -, correção de 20% do vale-alimentação, bem como sua integração no salário.

Para o Sinduscon o acordo não foi o ideal, mas necessário e essencial para evitar que os problemas gerados pela paralisação continuassem. “Temos a consciência de que houve necessidade de colocar um fim nessa greve, pois todos estavam perdendo com a paralisação. Por isso resolvemos ceder novamente a favor dos empregados. Achamos que o acordado ficou no limite do que podíamos chegar”, avalia Euclésio Manoel Finatti, vice-presidente da área de políticas e relações do trabalho do Sinduscon-PR. De acordo com Davide, todos os operários voltam ao trabalho hoje pela manhã.

continua após a publicidade