Embora a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Assistência Social (Fenasps) tenha decidido por uma paralisação de 48h, no Paraná o movimento durou apenas um dia, quarta-feira. Ontem a Fenasp registrou grande adesão dos servidores em vários estados. Em São Paulo foram 90%, Distrito Federal 75% e Santa Catarina 90%.

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O movimento atingiu servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs). Os servidores do INSS são contra o aumento de 0,1% proposto pelo governo e estão reivindicando melhores condições de trabalho, a realização de concurso público para reposição de pessoal nas agências, além do Plano de Carreira para a categoria.

O diretor jurídico do Sindiprev do Paraná, Nelson Malinowski, acredita que a pressão teria sido maior se fossem realizados os dois dias de mobilização, conforme a decisão da Federação. Mas diz que a paralisação foi uma advertência ao governo federal, contra o reajuste proposto. ?O governo está descumprindo o reajuste previsto, o que vai contra a Constituição.? Malinowski afirma que nos últimos anos as perdas salariais chegam a 150%. Conforme ele, o movimento prepara uma greve por tempo indeterminado de toda a seguridade social, que deverá ser marcada para maio, caso as reivindicações não sejam atendidas.

Em Curitiba, na quarta-feira, nos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram realizadas apenas perícias na quarta-feira. Segundo o INSS, a adesão ao movimento no Paraná foi de pouco mais da metade, 57%. Mas a diretora da Secretaria Jurídica do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho e Previdência do Estado do Paraná (Sindiprev), Jaqueline Mendes de Gusmão, afirma que das cinco gerências do Estado apenas uma não aderiu, a de Ponta Grossa. Em Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá os servidores cruzaram os braços. Segundo Jaqueline, não houve muitos problemas no atendimento porque a população já sabia da paralisação e não procurou os postos do INSS.

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Em Londrina e Ponta Grossa os funcionários do MS e da Funasa aderiram ao movimento. Já em Maringá a paralisação foi parcial. As atividades na Delegacia Regional do Trabalho não foram afetadas em Curitiba, mas em Apucarana a adesão foi total.

Em relação aos servidores do INSS, o órgão informou que existe um plano de carreira na instituição, a ?Carreira do Seguro Social?, e os funcionários que aderiram ao plano tiveram um reajuste de 47,11%. O aumento foi parcelado. A penúltima parcela vai ser concedida em maio (11,77%) e a última no mês de dezembro (11,77%). Apenas em 2005, os servidores terão um reajuste acima de 20%. O INSS lembra que existe uma mesa de negociação salarial para todos os servidores públicos federais, que está em andamento e onde podem ser apresentados todos os pontos de negociação.

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