O porcentual de famílias endividadas na cidade de São Paulo caiu de 47,3% em julho para 45,1% em agosto, segundo pesquisa divulgada hoje pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Em números absolutos, 1,62 milhão de famílias tinham algum tipo de dívida em agosto, o menor patamar desde junho de 2010.

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A Fecomercio-SP considera endividada aquela família que possui contas ou dívidas contraídas com cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestação de carro e de seguros. Na avaliação da entidade, a redução no nível de endividamento é resultado do nível alto de emprego e do consequente aumento da renda familiar.

A pesquisa também mostra queda no porcentual de famílias paulistanas com contas atrasadas em agosto na comparação com julho. No período, o recuo foi de 15% para 12%. Em paralelo, o porcentual de famílias que afirmou não ter condições de pagar suas dívidas caiu de 6,0% para 5,5%.

Perfil da dívida

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Em agosto, 30,3% dos paulistanos afirmaram estar comprometidos com dívidas por mais de um ano, 23,8% de três a seis meses, e 21,4% por menos de três meses. A parcela da população que comprometeu entre 11% e 50% de sua renda mensal é de 58,3%, enquanto 17,3% comprometeram menos de 10% da renda familiar, e 18,8% comprometeram mais de 50%.

Entre os consumidores com contas em atraso, 51,8% têm atrasos há mais de 90 dias, 23,1% têm contas atrasadas por até 30 dias e 21,6% do total de famílias estão com dívidas atrasadas entre 30 e 90 dias.

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A principal razão das dívidas é o cartão de crédito: 71,2% dos paulistanos têm alguma dívida devido às compras pagas com cartão. A participação dos carnês é de 23,2%, enquanto a do crédito pessoal é de 10,1%.