O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quarta-feira, 12, que em relação à inflação a instituição “tem agido para assegurar sua convergência à trajetória de metas e que os efeitos da política monetária são cumulativos e se manifestam com defasagens”. De acordo com Tombini, “a política monetária no contexto atual deve se manter especialmente vigilante”.

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Tombini falou que “o ritmo de crescimento em 2014 deve se manter em patamar próximo ao do ano passado”. Ele também ressaltou que o avanço do investimento, sobretudo em logística e infraestrutura, somado a esforços de qualificação da mão-de-obra “deve-se traduzir em ganhos de produtividade para a economia brasileira”. Destacou, ainda, que a expansão do PIB em 2013 foi marcada por uma mudança na composição da demanda, “com ampliação dos investimentos e moderação do consumo das famílias”.

O presidente do BC ressaltou ainda que, em meio ao período de transição no cenário externo, o Brasil tem robustos fundamentos econômicos e financeiros. “Os fluxos de investimento estrangeiro continuam fortes. Em fevereiro, houve ingresso líquido de US$ 9,2 bilhões de capitais estrangeiros (em renda fixa, bolsa e IED). E tais fluxos continuam fortes nos primeiros dias úteis de março”, comentou. Segundo ele, o Brasil tem respondido a este período de transição e maior volatilidade nos mercados financeiros “de forma clássica, com ajuste de políticas macroeconômicas e flexibilidade cambial”.

Disse que o mundo passa por período de transição, com perspectiva de maior crescimento econômico e intensificação do comércio internacional. Afirmou que essa transição tem sido liderada pela recuperação dos EUA e implica em uma transição gradual de volta à normalidade das condições monetárias internacionais e, consequentemente, o realinhamento dos preços relativos de ativos financeiros.

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“O aumento da volatilidade nos mercados internacionais é reflexo deste processo de realinhamento de preços relativos – fenômeno que não deve ser confundido com vulnerabilidade”, afirmou. O presidente do BC fez os comentários durante palestra para investidores, na Conferência Macroglobal no Brasil, promovida pelo banco Goldman Sachs, em São Paulo.