O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconhece que as recentes medidas econômicas pressionarão a inflação de curto prazo para cima. As perspectivas de médio e longo prazos, porém, serão positivamente influenciadas pela maior confiança nas perspectivas econômicas do País. Por isso, Tombini repetiu a afirmação de que as previsões do mercado para a inflação entre 2016 e 2019 já começam a apresentar sinais de acomodação.
Durante seminário organizado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), Tombini foi o principal convidado de um almoço-palestra. Aos presentes, o brasileiro reconheceu que as medidas econômicas adotadas pelo governo Dilma Rousseff têm impacto negativo nos índices. “Ações como o realinhamento nos preços administrados geram inflação no curto prazo”, disse. “Além disso, também há o impacto do câmbio entre o dólar e o real”, completou, ao comentar as razões para a pressão de alta nos preços no curto prazo.
Apesar desse movimento negativo, o presidente do BC repetiu discurso feito em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, de que as perspectivas para a inflação de médio e longo prazo começam a emitir sinais positivos. Aos presentes no evento do IIF, Tombini disse que as previsões de mercado entre 2016 e 2019 têm apresentado “modesta” queda. Essa acomodação dos preços mais à frente é resultado da confiança gerada com as ações de política fiscal e com a melhora das perspectivas econômicas do País.
Tombini participou de evento do IIF paralelo à reunião de ministros de economia e presidentes de banco central das 20 maiores economias do mundo, o G-20, que acontece em Istambul, na Turquia.