A elevação de dezembro reflete os três aumentos seguidos da taxa básica de juros no segundo semestre, que pulou de 18% para 25%, e as expectativas negativas em relação à inflação deste e do próximo ano.
A TJLP está em 10% desde junho. Em setembro, quando o conselho monetário decidiu que ela ficaria por mais um trimestre nesse nível, a justificativa foi que “o risco de longo prazo para a economia não mudou com relação ao trimestre passado” e a inflação estava dentro da meta.
A TJLP mais alta vai tornar mais caro, por exemplo, operações como os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O índice é fixado com base nas perspectivas de inflação e nos riscos enfrentados pela economia brasileira. A taxa também é usada como referência para correção dos empréstimos habitacionais da Caixa Econômica Federal que utilizam recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Neste caso, os juros cobrados nos empréstimos são de TJLP mais 4% ou 5,5%, dependendo do tipo de imóvel a ser financiado.