A unidade da ThyssenKrupp Metalúrgica em Campo Limpo Paulista (SP) anunciou a demissão de 264 funcionários da linha de produção. Segundo informações da empresa, o motivo dos desligamentos foi o reflexo da crise econômica mundial sobre o mercado externo de autopeças para veículos pesados. A empresa informou, por meio de assessoria, que não divulgará dados sobre a carteira de exportações nem comentará as demissões.

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A empresa havia firmado um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea e Campo Limpo Paulista para redução da jornada de trabalho, com redução de salário e garantia de emprego, nos meses de fevereiro e março deste ano. O acordo foi prorrogado para abril e maio. Porém, ontem, foi anunciada a demissão de parte dos trabalhadores. “Infelizmente, a readequação foi necessária, em função da carteira produtiva da empresa. O momento é de tristeza. Gostaríamos de manter o emprego, mas realmente havia trabalhadores parados”, afirmou o vice-presidente do sindicato, Luis Carlos de Oliveira.

De acordo com o sindicalista, na última quarta-feira (dia 3) os representantes da categoria e da empresa se reuniram para tentar diminuir o número de demissões, que seria superior a 264. “Os rumores eram de 500 demissões, mas não é um dado preciso”, disse Oliveira.

A empresa concordou com o pagamento dos 16 dias não trabalhados durante a redução de jornada aos demitidos, de um abono de R$ 1 mil por trabalhador (independentemente do tempo de serviço) e em manter o plano de saúde dos titulares e seus dependentes por três meses após o desligamento. Os trabalhadores também terão prioridade na contratação, no caso de reaquecimento do mercado.

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