economia

TGI Friday’s volta ao Brasil com projeto de 50 lojas em dez anos

Pouco mais de seis anos após deixar o Brasil, a rede norte-americana de restaurantes TGI Friday’s retorna ao País, desta vez com um projeto para instalar 50 unidades em dez anos e pelas mãos do Grupo Bar – dono de quatro casas em São Paulo, entre elas o Gracia.

A primeira loja da marca, na qual foram investidos cerca de R$ 8 milhões, foi aberta na quarta-feira, 25, na capital paulista. Até o fim de 2018, mais dois pontos deverão entrar em operação. Essas unidades terão um investimento de R$ 4 milhões cada uma. A estratégia é instalar as duas unidades em locais como shoppings ou aeroportos, para testar diferentes modelos antes de partir para a expansão.

Em um primeiro momento, a ampliação da rede ficará restrita à cidade de São Paulo e ao interior do Estado. “Nesse começo, a questão logística é muito importante. Por isso, pretendemos crescer primeiro no Sudeste. Se pudermos ter dez lojas em São Paulo e não precisarmos ir a outro lugar, melhor”, diz Rafael Limonta, sócio do Grupo Bar.

Com o TGI Friday’s, o grupo pretende ganhar escala no País, o que seria difícil com quatro marcas de bar conhecidas apenas localmente. A empresa negociou com a matriz americana por três anos até fechar o contrato e se tornar masterfranqueada. Também houve conversas com o Hard Rock Cafe, mas a parceria acabou não saindo pela impossibilidade de abrir mais de uma unidade em uma mesma cidade.

Para o consultor Sérgio Molinari, sócio da Food Consulting, especializada em alimentação fora do lar, um dos problemas que o Friday’s teve em sua passagem anterior no Brasil foi justamente a incapacidade de ganhar escala. “Para uma rede como essa, se você não consegue alcançar 20 lojas, o investimento inicial não se paga.”

Fora da curva. O segmento de “casual dining”, do qual o Fridays faz parte e que foi impulsionado no Brasil pelo Outback Steakhouse, é um dos que mais crescem no Brasil atualmente, com uma média anual de 15% a 20%. A possibilidade de vender em diferentes momentos do dia – no almoço, no happy hour e no jantar – é um dos fatores que alavancam o segmento, caracterizado por um serviço menos formal do que o de um restaurante, por oferecer pratos para serem divididos, pela decoração e pela música descontraída, além de ambiente propício para confraternizações.

A concorrência menor também vem favorecendo o desenvolvimento desses estabelecimentos no País. Hoje, além do Outback e do Friday’s, também se enquadram nesse mercado o Madero e o Coco Bambu, de acordo com Molinari. “A oferta é menor do que a das redes de fast food, que têm milhares de unidades no País.”

A coincidência do retorno do TGI Friday’s com um dos piores momentos econômicos da história do Brasil não é vista com grande preocupação pelo sócio Claudio Nunes. Para ele, a crise no setor deve ser estancada neste ano. Em 2016, no entanto, as unidades do Grupo Bar focadas em happy hour foram as que registraram os piores resultados. As casas com música ao vivo se saíram melhor, conta Nunes, que destaca que as venda da empresa diminuíram em ritmo inferior ao do setor.

O Grupo Bar projeta que a primeira unidade do Friday’s receba de 16 mil a 18 mil clientes por mês e tenha faturamento mensal de R$ 2 milhões. Para trazer a rede ao Brasil, a companhia aumentou o quadro de funcionários de 250 para 400. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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