Tesouro vê risco externo, mas desconsidera choque

O cenário básico adotado pelo Tesouro Nacional para elaborar o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2008 da dívida pública federal tem como premissa a ausência de choques externos ou domésticos significativos e a manutenção das diretrizes atuais de política econômica, que são a responsabilidade fiscal e monetária, a estabilidade cambial e o aprimoramento estrutural da economia brasileira.

"Tal cenário considera crescimento próximo ao potencial, espaço para quedas da taxa de juro e continuidade da trajetória favorável dos indicadores de solvência fiscal e externa", afirma o documento.

O plano foi traçado também com cenários alternativos, que consideram, por um lado, "confluência de fatores positivos que ampliam o espaço para a queda da taxa de juros doméstica, com trajetória de crescimento sustentado e ausência de pressões inflacionárias e cambiais relevantes, com quadro externo benigno.

Riscos externos

Por outro lado, o plano do Tesouro contém um cenário alternativo que incorpora riscos negativos no âmbito externo, que podem reduzir o ritmo de diminuição da taxa de juros (Selic) e ampliar a incerteza entre os agentes econômicos. O Tesouro, no entanto, não incluiu no PAF cenários com fortes choques ou situações de estresse.

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