Tesouro prevê superávit em julho, mas de pouco impacto

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, previu hoje que as contas do governo central em julho deverão apresentar superávit primário. Ele ponderou, no entanto, que não será “de grande impacto”. “Será normal”, disse. O secretário afirmou que a arrecadação da Receita Federal no mês de julho dá sinais de refletir um ritmo menor de crescimento da economia. Segundo Augustin, há indicadores econômicos, inclusive da arrecadação, de que não há um superaquecimento da atividade econômica como muitos haviam avaliado no início do ano. “Infelizmente, há sinais de que não há superaquecimento”, disse Augustin.

Questionado sobre o porquê do “infelizmente”, o secretário disse ser sempre a favor de um ritmo de crescimento forte. Ele não quis fazer estimativas da arrecadação de julho porque, segundo ele, o resultado é bastante influenciado pelo pagamento de tributos que é feito no último dia do mês. Ele ponderou que é preciso ter cautela com a arrecadação.

Augustin ressaltou na entrevista a redução de 4,5% das despesas com pessoal no primeiro semestre em relação ao crescimento nominal do PIB. Segundo ele, esse dado é uma demonstração de que não havia um crescimento explosivo das despesas com pessoal como muitos “enxergavam” no ano passado, quando o governo concedeu uma série de reajustes aos servidores.

O secretário reiterou que o governo trabalha para cumprir a meta de superávit primário do ano, sem utilizar as possibilidades de abatimento dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A meta do superávit primário do setor público para 2010 é de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e pode ser deduzido 0,9% do PIB pelos investimentos do PAC.

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