Mesmo sem os recursos da CPMF, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, previu nesta sexta-feira (21) uma aceleração do crescimento dos investimentos em 2008. "Os investimentos já aceleraram este ano e vão acelerar mais no ano que vem", previu ele. Ele evitou, no entanto, adiantar se o governo precisará de aumento de impostos para cobrir o rombo de R$ 40 bilhões no Orçamento provocado pelo fim da CPMF. Também não negou que não seja necessária uma elevação da carga tributária.

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"O fim da CPMF representa um obstáculo importante. Teremos que buscar outros caminhos não tão positivos", disse. Ele destacou que a decisão do Senado foi negativa para o País, mas o governo está buscando soluções com o menor impacto possível para a economia. "O mais importante do ponto de vista fiscal é que vamos manter as metas de superávit primário", ressaltou.

O secretário negou que o governo tenha travado o pagamento de despesas de investimento em novembro devido a uma expectativa de perder a votação devido à redução do ritmo de crescimento dos pagamentos ao longo do mês. "Essas diferenças (de ritmo de crescimento) tem a ver com o processo de pagamento. Não tem relação desse tipo", assegurou.

Segundo ele, ele é natural que no início de um processo de planejamento de médio prazo, como a implantação dos projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o ritmo de pagamento das despesas seja mais lento. "Esse é um processo organizado e planejado de quatro anos. É normal que seja mais lento no início do processo", afirmou. Ele previu que ao longo do ano que vem haja uma maior aproximação entre o nível de empenho e pagamento das despesas.

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