Terminal de Contêineres de Paranaguá mudará perfil do porto

O Terminal de Contêineres de Paranaguá inaugurou nesta sexta-feira a primeira das quatro etapas de seu projeto de modernização e ampliação no terminal portuário. Foram investidos até agora R$ 128 milhões em obras e equipamentos e a expectativa da empresa é transformar o porto em um grande movimentador de cargas manufaturadas na América Latina.

A Fase 1 começou em janeiro de 2001 e as obras foram concluídas este mês. Do total aplicado nesse período, R$ 79 milhões foram financiados pelo BNDES/Unibanco e R$ 49 milhões vieram de recursos próprios. Cerca de R$ 50 milhões foram aplicados em obras civis de infra-estrutura e R$ 80 milhões na aquisição de equipamentos de operação e movimentação de contêineres.

Essa etapa inicial coloca em operação três novos guindastes para carga e descarga, agilizando a movimentação de cargas em contêineres. Esses equipamentos contam com o apoio de seis Rubber Tyred Gantry Cranes (RTGs), que fazem o manuseio dos contêineres no pátio. Foram adquiridos também 12 terminais tractors, 14 terminais traillers e duas empilhadeiras reach stacker, todos em operação no pátio do TCP.

Novo perfil – O TCP acredita que Paranaguá pode mudar seu perfil de exportador de produtos agrícolas. ?Há uma tendência mundial de aumento de cargas acondicionadas em contêineres que se soma à crescente industrialização do Estado e à oferta de melhores serviços para exportadores e importadores?  afirma o gerente comercial do TCP, Marcelo Mardes. A movimentação de contêineres no Porto de Paranaguá passou de 140 mil TEUs (unidades de contêiner de 20 pés) em 1998 para 257.530 TEUs em 2001 e a empresa projeta para este ano movimentação de 280 mil TEUs.

A principal obra foi a pavimentação em concreto e fibra de aço de 230 mil m2 de área para a armazenagem de contêineres. A infra-estrutura atual exigiu também a reforma de 485 metros de cais, onde foram refeitos o sistema de drenagem, com a demolição e substituição de vigas, instalação de novos trilhos e defensas.

Portões – O terminal está inaugurando também quatro portões de acesso ao pátio, totalmente informatizados e equipados com balanças para pesagem de contêineres. Os portões são usados para a entrada e saída de caminhões, sendo que um deles é destinado exclusivamente para cargas sobredimensionadas. Outros dois portões serão instalados nas próximas fases do projeto.

Para as operações com contêineres frigorificados, o TCP instalou 1.500 tomadas dispostas em passarelas que facilitam a plugagem, desplugagem e o monitoramento das cargas. A energia e segurança necessárias para as operações são garantidas por uma subestação totalmente automatizada, com capacidade de 12 mil kva.

O prédio administrativo, com 4 andares e 2 mil m2, vai abrigar a comunidade portuária do setor de full contêiner e organismos oficiais envolvidos nas operações do terminal, facilitando o trabalho e agilizando os trâmites processuais. Foi construída também uma oficina mecânica de 1.130 m2 para a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos portuários. A estrutura conta com um software que controla o estoque e faz o planejamento e o gerenciamento das atividades de manutenção. ?É possível monitorar em tempo real, via internet, o deslocamento da carga?, afirma Mardes.

Segunda etapa – A segunda etapa já foi iniciada e tem previsão para ficar pronta em agosto de 2003. Serão consumidos R$ 43 milhões na ampliação do cais, compra de equipamentos e mais 80 mil m2 de pátio.

O TCP foi criado no final de 1998, a partir da privatização do terminal de contêineres de Paranaguá. Trata-se de uma sociedade de três empresas paranaenses (Solfer, Tucumann e a holding Flamapar) e duas espanholas (Terminal de Contêineres de Barcelona e Galigrain). 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo