A Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) deve voltar à Justiça Federal esta semana, dessa vez para solicitar que a soja geneticamente modificada seja escoada não só pelo berço 214 do corredor de exportação, mas também pelos berços 212 e 213.
A informação é do advogado Cléverson Marinho Teixeira, que representa a ABTP na ação. Ontem de manhã, o advogado esteve em Paranaguá reunido com os representantes dos terminais portuários para discutir o assunto. À tarde, ele acompanhou o embarque da soja transgênica no navio Tonga, que irá levar 8 mil toneladas de soja transgênica para Bordeaux, na França.
?Vamos pleitear que todos os berços do corredor (de exportação) possam transportar soja transgênica. Não há questão técnica razoável que justifique esta restrição?, afirmou o advogado. Segundo ele, neste momento, ?em razão da demanda existente e do tempo que o setor produtivo teve para se adaptar às novas posições?, um único berço é capaz de atender a demanda para escoar a soja transgênica. ?O que não queremos e não podemos nos conformar é que esta determinação fique valendo permanentemente?, afirmou.
Por enquanto, a ABTP não deve questionar a restrição do uso dos silos públicos apenas para a soja convencional. ?Esta questão está mais presa ao interesse dos operadores que não têm terminais físicos no porto e deve ser tratada separadamente?, afirmou o advogado.