A Petrobras prevê para julho de 2013 o fim da primeira fase de expansão e adequação da sua Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato, em Caraguatatuba (SP), no litoral Norte paulista.
Segundo o gerente-geral da Unidade Operacional da Bacia de Santos, José Luiz Marcusso, além de aumentar de 18 para 20 milhões de m diários a capacidade da unidade, a obra, que começou em março deste ano, vai adequar a planta para receber o gás natural do pré-sal da bacia de Santos, mais rico em etano e gás carbônico.
“Hoje a gente tem limitação por conta da riqueza do gás do pré-sal”, disse Marcusso, após palestra na Santos Offshore, feira do setor que está sendo realizada até sexta-feira em Santos.
O gás do pré-sal corresponderá a 50% da carga recebida pela unidade Monteiro Lobato, ou 10 milhões de m diários, hoje limitada a 6/7 milhões de m , informou o executivo.
A obra total do empreendimento, cujo valor Marcusso não soube informar, será concluída em 2014.
“A turbina chega em março. Ano que vem já entra na primeira fase, em julho, e a segunda fase acontece no início de 2014”, disse, sem especificar o que será feito em cada fase.
O gás natural produzido no pré-sal possui um alto teor de CO2, o que no início da sua exploração trouxe dúvidas à indústria quanto à sua viabilidade.
Marcusso disse que essa questão já foi solucionada com a reinjeção do gás carbônico em um poço do pré-sal e que no ano que vem mais um poço será perfurado com essa finalidade.
“A plataforma Cidade Angra dos Reis (no campo Lula) produz quase 4 milhões de m3 de gás natural, com 15% de CO2, e escoa 3 milhões para a costa, reinjetando todo gás rico em CO2. Não há nenhuma ventilação para a atmosfera”, disse, citando que outros poços para receber CO2 serão perfurados nos próximos anos.