Térmicas geraram apenas 36% do previsto

Rio (AE) – As usinas térmicas a gás em avaliação pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mantiveram na terça-feira o mau desempenho do primeiro dia de testes, gerando apenas 36% do volume de energia programado. Segundo relatório do ONS, nenhuma das usinas testadas conseguiu entregar o volume de energia previsto. No total, as térmicas geraram 1.795 megawatts médios, de uma previsão total de 4.846 MW médios.

O volume gerado é maior do que os 1.756 MW médios entregues na segunda-feira, primeiro dia de testes. Mas já indica um limite de geração das usinas bem abaixo dos 5,3 mil MW pedidos pelo ONS entre setembro e agosto, no episódio que detonou a intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no segmento. Preocupada com uma possível distorção nos cálculos sobre a energia assegurada no País, a agência decidiu pedir a redução do volume disponível pelas usinas a gás natural.

No balanço final do segundo dia de testes, sete usinas (Canoas, Ibirité, Macaé, Barbosa Lima Sobrinho, Nova Piratininga, Campos e Piratininga) não conseguiram operar por falta de gás. Outras duas (Araucária e Termorio) geraram abaixo do previsto, devido a restrições no fornecimento do combustível durante alguns períodos do dia e a térmica Norte Fluminense enfrentou dificuldades com a ?baixa qualidade do gás?, gerando menos do que o previsto, segundo o relatório.

As três usinas restantes (Cuiabá, Três Lagoas e William Arjona) geraram menos do que o programado por problemas técnicos, como unidades geradoras fora de operação ou alta temperatura ambiente, segundo o Informativo Preliminar Diário da Operação (IPDO), documento elaborado pelo ONS com detalhes sobre a operação do dia anterior. O operador do sistema elétrico preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

Os testes serão realizados até o próximo dia 22. Depois disso, a Aneel define qual a real capacidade de geração das usinas térmicas, que vinham indicando ao ONS volumes maiores do que podem gerar. A retirada das usinas térmicas pode aumentar o risco de racionamento dos atuais 5% para até 16%, com reflexos sobre o preço da energia no mercado atacadista.

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