A informação é do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Instalação Telefônica do Estado do Paraná (Sintitel), que ontem de manhã se reuniu com representantes das duas empresas de telefonia. Não houve acordo. Nova rodada de negociação ficou marcada para hoje, às 9h.
Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 9,26%, referente ao INPC acumulado nos últimos doze meses, e a volta do piso salarial de R$ 450 pago pela Iecsa – que até maio era a prestadora de serviços da Telepar, sendo substituída pela Pampa. A data-base do acordo coletivo da categoria venceu em primeiro de junho. Na negociação de ontem, os funcionários apresentaram uma nova proposta, reduzindo a pauta de 78 para 49 cláusulas trabalhistas, sociais e econômicas.
?Os diretores das empresas falaram que só podem dar uma resposta amanhã, mas estão muito preocupados com essa grande quantidade de trabalhadores parados e com a possibilidade até de perder o contrato?, relata o presidente do Sintitel, Osmar Cruz. Os contratos de prestação de serviços com a Telepar duram um ano, podendo ser prorrogados por mais doze meses. ?Eles (dirigentes das empreiteiras) sentiram que os trabalhadores estão firmes e unidos. Se não derem uma resposta amanhã, continuamos parados?, avisa Cruz.
Cada funcionário das terceirizadas realiza de dois a quatro serviços por dia, entre consertos e instalações. ?A manutenção dos telefones que param de funcionar todo dia não está sendo feita?, reforça o presidente do Sintitel. De acordo com o sindicato, apenas 30% dos trabalhadores das empreiteiras trabalharam ontem, para garantir os serviços emergenciais em hospitais, delegacias e bancos.
Telepar
A Telepar informou, através da assessoria de imprensa, que, de forma geral, os serviços não foram comprometidos devido à paralisação, a não ser em casos pontuais que estariam sendo solucionados por contigências da empresa. A operadora não detalhou que medidas foram adotadas.